19 agosto 2015

Pranchas e alforrecas (ou não sei que título dar a isto)

Hoje foi o 1º dia verdadeiramente bom de praia. Sem vento e com água um pouco mais quente. Cheia de alforrecas também.

Enquanto tentava entrar no mar, equilibrando os arrepios do choque térmico com o nojinho das alforrecas, uma miudinha (não tinha mais de 11 anos) montada numa prancha dirigiu-se à minha pessoa.
- Senhora, não precisa ter medo das alforrecas. Elas estão mortas, não picam. Eu costumo apanhá-las com a mão. Se pegar só na cabeça não faz mal.
- Não tenho medo, fazem-me é impressão. São muito viscosas...
- Ah, isso são mesmo! - e deslizou com a prancha numa onda.
Voltou pouco tempo depois:
- Senhora, mergulhe logo de uma vez! Como está a fazer é mais difícil! - e tornou a apanhar uma onda.

E eu fiquei ali, de cara à banda perante a audácia da gaiata. E nem me refiro ao facto de me tratar por "senhora", que isso é coisa a que nunca me hei-de acostumar (não nos deviam avisar quando mudamos de estatuto?), mas à vontade de ensinar a missa ao vigário. Ah, a bela da idade em que achamos os adultos uns tontos ignorantes! Ainda há uns anos atrás era eu ali, em cima da pracha (quantos anos mesmo? 10? 20? - oh tempo, abranda, moço!)

Um comentário:

  1. Quando me tratam por senhor também fico sem jeito :( Este ano ainda não fui à praia...

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