03 setembro 2015

O meu Santo é forte (ou "a senhora da foice anda a correr atrás de mim e eu a ver")

Armei-me em campónia. Peguei no baldinho e lá fui, para o meio do mato, de perna ao léu e chapéu de palha na cabeça. Distraída com as amoras e os figos, afastei-me demasiado dos campos costumeiros. Só quando as pernas começaram a gritar clemência é que me apercebi de que já tinha andado demasiado. Com o balde pela metade (foi um dia de fraca colheita), comecei o caminho de regresso. 

Nem 100 metros tinha andado quando me virei para trás e vi o fumo negro. E as labaredas. Nunca as tinha visto tão perto nem tão alto, chiça! Precisamente na zona de onde eu tinha acabado de vir. Detive-me uns segundos a pensar como era lindo aquele cenário (dantesco, mas inegavelmente bonito), até o alarme soar na minha mente (telemóvel, onde estás tu nestes momentos em que preciso de ligar para as autoridades? Em casa, pois claro!):
"Run, Forest, Run!"

Dei cordinha aos sapatos e só parei em casa, quando já soavam sirenes por todo o lado.

Ó Universo, o que é que me andas a querer dizer, pá? Gosto de emoções fortes, mas calma lá com isso!