28 novembro 2014

Dos animais, da estimação e dos animais de estimação

Sou fã da pessoas que conseguem que os seus cães posem para a câmera, sobretudo se estiverem vestidos ou usarem adereços. Sim, eu sei, pôr os bichanos a fazer figurinhas é um bocado malicioso, mas gosto de pensar que enquanto nós, humanos, nos entretemos rindo da nossa aparente superioridade intelectual, os bichanos suspiram para dentro e perdoam-nos por sermos tão básicos.

Adiante, dizia eu que gosto de pessoas, como a Palmier e a Sara sem Sobrenome, que têm sempre fotos engraçadas dos patudos para mostrar. Pois eu não tenho essa sorte, já que os gatos não se prestam a tal coisa. Vá, a Luna é uma excepção. (E agora não me lembrava do raio no nome da gata, por isso atrevi-me a fazer pesquisa de imagens no google por "gata persa branca com língua de fora". Acreditem, não foi bom!)

E pronto, tudo isto para me lamentar que só consigo tirar fotos fofinhas dos meus gatos. Qualquer tentativa de os vestir, pôr lacinhos, botinhas ou o que quer que seja resultaria em banho de sangue para o meu lado. Portanto, fiquem com esta:

Mr. Thomas e o seu ar naturalmente esquizofrénico

26 novembro 2014

Mnhé (que é como quem diz "não sei que raio de título hei-de dar a isto")


Já devem ter percebido que o Inverno não me inspira. Sim, eu sei, ainda falta quase um mês para o Inverno, mas para mim já lá estamos. E dizem que o Natal está aí, e que já é tempo de montar a árvore e começar a caça aos presentes. Epá... não! Normalmente não sou muito natalícia, mas este ano então a coisa está mesmo má. Estou sem paciência para saltitar de loja em loja, fazendo conta aos trocos e não podendo dar tudo o que gostava de dar.

E o tempo, que está a passar a voar? Os dias não me rendem para nada, parece que passam em branco, sem que nada adiante nem mude. Chamarem-me para entrevistas, se calhar, já ajudava, mas até agora só conto com uma. Rai's parta' a porcaria dos estágios, que é só o que pedem.

Valham-me as danças ou já tinha dado em louca!

É verdade, não vos contei, mas não me dedico só ao ballet. Tenho outra paixão mais antiga! :)


20 novembro 2014

Persistências

Das muitas coisas que a dança me ensinou foi a banir do meu dicionário verbal a expressão "não consigo". Não considero que a minha geração seja a dos facilitismos, que não é, mas sempre fui muito da onda do "é difícil, não me parece exequível, nem sequer vale a pena tentar porque não vou conseguir". Acho que no fundo era uma questão de falta de confiança em mim mesma.

Ontem, na aula de ballet, uma colega começou claramente a fazer birra por não estar a atinar com um passo mais difícil. Amuou a um canto e decidiu não tentar mais, porque não gostava do passo. Só me apeteceu esmurrá-la, a sério! Há 9 anos atrás, quando me meti novamente nestas lides das danças (depois de um interregno de outros 9 anos) percebi que, na prática, não havia nada que realmente eu não conseguisse fazer, desde que o desejasse com muita força e treinasse muito, porque sem esforço nada se alcança. Há imensa coisa que ainda não consigo, de facto fazer, mas lá está, AINDA! Tal como isto das pontas... quem diria que aos 30 conseguiria começar a fazer pontas?


A magia é acreditar sempre que nada é impossível, desde que o queiramos. :)

10 novembro 2014

Da chuva

E pronto, parece que chegou mesmo a altura de andar nos passeios lisboetas a bater com os chapéus de chuva abertos uns nos outros. As pessoas não percebem que o espaço que ocupam - aquilo a que eu chamo de "bolha" ou de "metro quadrado privado"- é duas vezes superior quando têm um guarda chuva empinado.

Começa também agora a tortura de ter a casa transformada em acampamento, com roupa pendurada em todo o lado menos no local devido, o varal.

Fora isso... ânimo, minha gente! É segunda feira!

05 novembro 2014

A luz de Sintra, as fadinhas e os cogumelos

Dia 1 de Novembro foi dia de passeio por Sintra. Achei que era uma excelente oportunidade para dar uso à máquina, mas acreditem, aquele sítio tem magia e a minha lente não conseguiu captar nada. Ficou tudo baço, sem cor, demasiado brilhante ou enevoado. Olhem, fez-se o que se pôde e que as fadinhas permitiram, assim entre a humidade das plantas e degustação de travesseiros.







01 novembro 2014

Ó Ana, e o teu Hallo-coiso? - perguntam vocês

Foi fantástico! - respondo prontamente. (not)

Resumidamente posso dizer-vos que a minha mãe tem osteoporose muito muito avançada, com ossinhos semelhante a uma senhora de 90 anos. Qualquer coisinha e ela parte-se toda.

Pois que a senhora minha mãe caiu em casa na 4ª feira e partiu uns quantos ossos da órbita esquerda mais uns quantos da testa e do nariz. Mas está bem, está em casa, já tirou a tala e os tampões do nariz e só se queixa com dores no pescoço - é uma valente, é o que é! Mas tem a cara feita num oito e os dois olhos roxos.

Então imaginem ontem, em pleno dia de Halloween, nós as duas andando pelos corredores do hospital para uma consulta com um cirurgião plástico, com as crianças mascaradas todas a olharem para nós, a apontarem e a perguntarem bem alto de que é que a senhora estava mascarada. O meu pensamento foi apenas um:


Pandinha, filhos, está de pandinha. Agora voltem à vossa vidita antes que vos pespegue com um docinho nas fussas para verem como o Halloween é mágico.


[Vá, podem rir um bocadinho, que nós por aqui também levamos estas coisas na brincadeira, senão era uma tristeza pegada.]